Falando de árvores…

Em qualquer lugar do mundo, elas sempre estão prontas pra mandar uma mensagem de resiliência e esperança. Olha só que inspirador!

Após um incêndio devastador no “Big Basin Redwoods State Park”, na Califórnia, havia receio de que as sequoias, algumas com 2.000 anos, com seus troncos carbonizados, não conseguissem se recuperar.

                                                                                 Mas o que parecia irreversível ….

Elas estão se recuperando. As árvores usaram energia armazenada há muito tempo para fazer crescer brotos há muito escondidos em sua casca. Os brotos que brotam após o incêndio podem ter até 1.000 anos, já que as próprias sequoias costeiras podem viver mais de dois milênios.

Acredito que a natureza está encontrando um caminho, disse a cientista ambiental dos Parques Estaduais Joanne Kerbavaz.

Sem dúvida, é uma história inspiradora,
uma esperança de que a natureza possa se regenerar.
Mas, a melhor história
é a que podemos construir com a nossa determinação,
evitando
que incêndios e desmatamentos aconteçam.
Não podemos desistir!

A história da árvore, conhecida com a “árvore mais solitária”  do mundo.

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Na distante Ilha Campbell, ao sul do continente da Nova Zelândia, cresce um solitário pinheiro Sitka que ganhou destaque como a árvore mais solitária da Terra.
Seu vizinho mais próximo fica a mais de 220 km de distância, nas Ilhas Auckland e o membro mais próximo de sua própria espécie está em outro hemisfério. Então, como este solitário pinheiro chegou até ali?

A Ilha Campbell fica em uma região caracterizada por fortes ventos de oeste, que não permitem que algo mais alto do que alguns metros cresça. As temperaturas raramente sobem acima de 10 graus centígrados. Há apenas 40 dias livres de chuva e uma média de menos de duas horas de sol por dia.
As únicas plantas que sobrevivem a essas condições são uma espécie de ervas perenes chamadas megaherbs.

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Acredita-se que o abeto na Ilha Campbell tenha sido plantado por Lord Ranfurly, que foi o governador geral da Nova Zelândia de 1897 a 1904. Ranfurly plantou a árvore durante uma expedição às ilhas da Nova Zelândia para coletar espécimes de aves para o Museu Britânico, entre 1901 e 1907. Embora a árvore tenha sobrevivido – depois de todos esses anos, tem apenas 10 metros de altura, enquanto em seu habitat natural, teria pelo menos 60 metros de altura.

 Essa árvore solitária, vivendo em um local tão distante, tão longe de seu habitat natural, acabou se tornando um marco para o estudo das mudanças que os humanos fizeram no planeta

Nas últimas décadas, os cientistas vêm propondo uma nova época geológica, que marca o início do impacto humano significativo na geologia e nos ecossistemas da Terra. Várias diferentes datas de início para essa época foram propostas, variando desde o início da Revolução Agrícola de 12 a 15.000 anos atrás, do aumento do carbono na atmosfera que começou em meados do século XIX com a Revolução Industrial, até o radiocarbono atmosférico que subiu com a era nuclear.

Para provar que os testes nucleares atmosféricos tiveram impacto tão grande no globo terrestre quanto o asteróide assassino de dinossauros, uma equipe de pesquisadores liderados por Chris Turner, da Universidade de Nova Gales do Sul, voltou-se para Campbell Island porque a ilha é tão remota que se alguma coisa aparecer lá, é provável que apareça em todos os lugares.

E foi pesquisando um núcleo no Sitka que analisaram um isótopo radioativo de carbono que é liberado na atmosfera por meio de testes nucleares acima do solo. Como as plantas absorvem carbono da atmosfera à medida que crescem, como esperado, os pesquisadores descobriram que esse isótopo radiotivo atingiu o pico entre outubro e dezembro de 1965, e diminuiu gradualmente à medida que os tratados internacionais restringiam os testes nucleares.

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A linguagem silenciosa das árvores …

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O engenheiro florestal alemão Peter Wohlleben (“The Hidden Life of Trees”) e a cientista Suzanne Simard (Universidade do Colúmbia Britânica, Canadá),
têm observado e investigado a comunicação entre as árvores ao longo de décadas.

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Wohlleben, observou que as árvores interagem e comunicam entre si, através de processos elétricos que ocorrem entre as raízes, cuidando da sua família e árvores vizinhas, ajudando-as a alimentarem-se e avisando-as quando correm perigo, como no caso de pragas.
Pesquisas realizadas na Universidade de British Columbia confirmam as suas afirmações.

“As árvores são muito mais do que  organismos que produzem oxigênio ou limpam o ar para nós.
Eles são seres individuais se comunicam e tem sentimentos, como o medo.
Gostam de ficar juntas e adoram a companhia uma da outra” Peter Wohlleben

Suas descobertas estão no documentário“Intelligent Trees”.
Vale conferir o trailer legendado do filme (em português).
Para ver o documentário completo, consultar no site intelligent trees.com 

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