“A linguagem da ciência não é apropriada para motivar a maioria das pessoas a preservar habitats e espécies. No entanto, como artista …” BERNIE PEYTON – Biólogo e artista
“Como biólogo, testemunhei a destruição de vales inteiros e a extinção de espécies.
Qual a a melhor maneira de denunciar esta situação?
A linguagem da ciência não é apropriada para motivar a maioria das pessoas a preservar habitats e espécies.
No entanto, como um artista de papel eu poderia estimular a preservação da vida selvagem.
O papel parece frágil e temporário, como os recursos do nosso planeta.”
O objetivo de Bernie Payton é combinar ciência e arte para ajudar a
criar parques e denunciar as espécies ameaçadas de extinção.
“ Descobri que a concepção de minha própria arte – origami – era muito semelhante ao fazer ciência.
Cientistas e artistas compartilham atitudes semelhantes e disciplina em relação a explorar os indivíduos.
Ambos dependem de pesquisa. Ambas as disciplinas forçam os profissionais a pensar de forma criativa.”
O interesse pelo origami começou aos 9 anos, quando ganhou de seu padrasto o livro de Isao Honda “Como Fazer Origami”.
” Por quase 20 anos atuei em pesquisa como biólogo de campo,
estudando as criaturas ameaçadas como os ursos de óculos nos Andes.
Os ursos foram objeto dos meus primeiros modelos.
Minhas observações e o contato próximo com os animais em seu habitat natural
tornou-se uma fonte de informações para me ajudar a desenhar origami de animais
e não apenas sua aparência, mas também seu comportamento, e, mais tarde, o seu habitat.
Algumas vezes, misturo papel dobrado com madeira e arame,
o que não é reverenciado pelos puristas do origami.
Mas quando tomo estas decisões sou movido pela imagem que eu quero fazer”
Jeff Hanson se tornou deficiente visual a partir de um tumor do nervo óptico mas vê o suficiente para criar suas obras , que ele batizou de “colírio para os olhos”.
Nasceu em 1993, e não apresentava nenhum sintoma da doença que foi detectada alguns anos depois,
quando começou a andar e esbarrar nas coisas.
Descobriu-se que ele tinha um tumor do nervo óptico,
associado com uma condição genética chamada neurofibromatose.
A doença causou um tumor cerebral, afetou o seu crescimento e a visão.
Passou por tratamentos muito agressivos, como a quimioterapia.
E foi aí que começou tudo. Para distraí-lo durante o tratamento, a mãe levava aquarela
para que ele pintasse as folhas de pequenos blocos de anotação.
“Para mim, não passava de brincadeira de criança. Eu não via nada de genial no que ele fazia.
Comecei a usar os “bloquinhos” de nota para mandar recados de agradecimento nas seções de quimioterapia e radiação”.
Mas quando eu comecei a fazer isso,
todos começaram a pedir mais “bloquinhos” de tanto que estavam gostavam” , conta Julie Hal (mãe de Jeff).
Hoje, com vinte e um anos de idade,
Jeff Hanson é considerado legalmente cego
e tem também alguns outros desafios físicos e mentais, mas isso não impede que ele crie.
Sua mãe, ajudou transformou o porão de sua casa em Kansas City em um atelier.
O pai, médico, realiza a primeira etapa de criação – cria uma espécie de gosma plástico sobre a tela, na frente e lados.
Depois que endurece, recebe uma camada de preto liso.
Jeff usa esses sulcos para sentir o caminho em torno de sua pintura.
E aí a inspiração e o talento acabam de contar essa história.
Hoje, ele nem consegue acompanhar a demanda.
Tem pelo menos um atraso de seis meses para atender os pedidos de seus admiradores.
Entre seus fãs, estão alguns famosos, que adquiriram alguma de suas obras, como Warren Buffett e Elton John.
“O melhor e se concentrar no que eu posso fazer e não no que eu não posso fazer.” Jeff Hanson