O francês Arash Derambarsh, iniciou uma luta contra o desperdício de alimentos na França e tem obtido grandes conquistas.
Começou sua luta quando se tornou Conselheiro Municipal em Courbevoie (subúrbio de Paris).
Distribuía alimentos indesejados do supermercado local, para aproximadamente 100 pessoas, entre mães solteiras, trabalhadores públicos com salários baixos e moradores de rua.
“Fui criticado e acusado de ser ingênuo e idealista, mas me tornei um conselheiro local porque queria ajudar as pessoas.
Talvez seja ingênuo se preocupar com outros seres humanos, mas sei como é estar com fome.
Quando eu era um estudante de direito que vivia com US $ 400 por mês,
costumava ter apenas uma refeição por dia por volta das 17h. Eu comia macarrão ou batatas. É difícil estudar ou trabalhar se estiver com fome, sempre pensando quando virá a próxima refeição .
É “escandaloso e absurdo” que a comida fosse desperdiçada e, em alguns casos,
deliberadamente estragada enquanto os sem-teto, pobres e desempregados passam fome.” Arash Derambarsh
Felizmente tem obtido grandes conquistas!
Depois que uma petição que ele iniciou ganhou mais de 900.000 assinaturas e suporte de celebridades em apenas quatro meses, conseguiu aprovar uma lei que determina que os supermercados franceses doem alimentos que seriam jogados fora, como exemplo, produtos cujas embalagens sofreram pequenos danos e são rejeitados pelos consumidores
O próximo passo de Derambarsh, é convencer os países europeus e o mundo em geral a adotar proibições semelhantes.
“A comida é a base da vida, é um fator primordial em nossa existência”, disse ele ao Jornal The Guardian.
Atualmente, o mundo desperdiça 1/3 de sua oferta de alimentos, aproximadamente de 1,3 mil milhões de toneladas são desperdiçados em todo o mundo
e aproximadamente 805 milhões de pessoas em todo o mundo não têm comida suficiente. .
É sempre bom lembrar que não precisamos esperar uma legislação para começar a consumir de forma mais responsável.
Podemos no nosso dia-a-dia contribuir para reduzir o desperdício de comida, utilizando por exemplo, as sobras de forma mais eficiente ou armazenando os alimentos de forma adequada, evitando que se estraguem …
Projeto português, “Fruta Feia”, evita semanalmente que cerca de 8 toneladas de alimentos sejam desperdiçados.
Logo a seguir, vamos ver a iniciativa bem sucedida de uma rede de supermercados francesa,
de vender frutas e legumes que normalmente são jogados no lixo pelos próprios produtores,
apenas por terem uma aparência diferente, na cor ou na forma.
O “Fruta Feia” é um outro projeto, português,
com características diferentes, mas muito interessante também.
É uma cooperativa que começou em 2013 e
hoje já conta com mais de 2 500 consumidores associados,
que com o slogan “gente bonita come fruta feia”
e evita semanalmente que cerca de 8 toneladas de alimentos sejam desperdiçados.
Em 2013, Isabel Soares vivia em Barcelona,
quando soube da existência do concurso “Ideias de Origem Portuguesa”,
da Fundação Calouste Gulbenkian.
Revoltada com o desperdício de alimentos,
sentiu a motivação necessária para passar das ideias à ação.
Concorreu, ganhou, e desta vitória surgiu a cooperativa Fruta Feia.
“ O início não foi fácil.
Foi necessário estabelecer uma relação de confiança com os produtores –
eles ficaram anos ouvindo que os legumes e frutas diferentes – “os feios” –
não valiam nada e não queriam acreditar que alguém os queria comprar.”
Isabel chegou a ser expulsa da quinta de um produtor
com quem agora trabalha muito, tal era a desconfiança.
Atualmente, são 100 produtores que colaboram com a Fruta Feia,
e variam dependendo da época do ano e das semanas,
tudo para garantir a máxima sazonalidade e variedade de produtos.
Conta com 7 pontos de entrega (3 em Lisboa, 1 na Parede, 1 no Porto, 1 em Gaia e 1 em Matosinhos),
100 agricultores, mais de 2500 consumidores associados que, todas as semanas,
recebem no seu e-mail toda a informação com os vegetais e
frutas disponíveis nessa semana e evita semanalmente que cerca de 8 toneladas de horti frutis vão parar ao lixo!
É um modelo bem interessante que pode ser multiplicado por aqui.
Se quiser ver mais, o link …
Rede de Supermercados francesa, decidiu vender frutas e legumes que normalmente são jogados no lixo pelos próprios produtores. O que aconteceu?
Foi um sucesso!
Foi a cadeia de supermercados francesa Intermarché , que lançou uma campanha anti-resíduos
que já está sendo seguida por outras redes de supermercados “Frutas e legumes Inglorious”
O objetivo é estimular a redução de desperdício de alimentos.
Estima-se que 300 milhões de toneladas de alimentos são jogados fora por ano.
O produto visualmente “diferente”, usualmente é jogado no lixo pelos próprios produtores,
apesar de ser também comestível e saudável.
A Intermarché passou a comprar esses produtos,
destinou um espaço especial para venda e para incentivar oferece um desconto de 30 por cento.
Durante os dois primeiros dias da campanha, cada uma de suas lojas vendeu,
em média, 1,2 toneladas de frutos e vegetais “diferentes”.
Os resultados
21 milhões pessoas atingidas pela campanha após um mês.
300 % de aumento de menções do Intermarché em redes sociais durante a primeira semana.
1,2 TONELADAS de venda média por loja durante os primeiros 2 dias
24 % de tráfego global nas lojas
5 dos principais concorrentes lançaram uma oferta semelhante.
A rede de supermercados britânica Sainsbury’s, vai investir em um programa para combater o desperdício alimentar
A rede de supermercados britânica Sainsbury’s,
vai investir em um programa para combater o desperdício alimentar.
O projeto será implantado em uma cidade com 15.000 a 300.000 habitantes
que tenha uma loja da rede num raio de oito quilômetros.
Algumas das inovações que serão implementadas pela Sainsbury’s incluem:
Dispositivos que serão instalados nas geladeiras e freezers, para perceber quando a comida começa a ficar estragada;
Latas de lixo que avisam e dão dicas sobre o lixo;
Programas de recompensa para encorajar a reciclagem;
Novas embalagens que mantêm os produtos frescos durante mais tempo;
Programas educativos para escolas locais e centros comunitários.
Este é o maior projeto para combater o desperdício alimentar no Reino Unido.
Até agora, os supermercados focavam-se na sua própria redução do desperdício,
mas o projeto da Sainsbury’s pretende gerar estas mudanças na casa das pessoas.
Para ver mais, só clicar no link (em inglês)
http://www.edie.net/news/5/Sainsbury-s-to-trial-food-waste-initiatives-on-a–pilot-town-/
ONU lança padrão global para medir perda e desperdício de alimentos
A ONU, em parceria com parceiros internacionais, anunciou o lançamento do primeiro padrão global
para medir o problema do desperdício e da perda de alimentos no mundo.
A prática gera, anualmente, um custo global de 940 mil milhões de dólares.
O objetivo é oferecer um conjunto de definições e requisitos de comunicação
para que empresas, países e outros consigam medir,
relatar e gerir de forma consistente e confiável a perda e o desperdício de alimentos.
Segundo a ONU, cerca de um terço de todos os alimentos é perdido ou desperdiçado
em todo o mundo no caminho que vai desde a produção
até ao consumo, ao mesmo tempo que 800 milhões de pessoas se encontram subnutridas.
Além disso, o desperdício é responsável por 8% das emissões de gases que causam o efeito estufa.
De acordo com as estimativas da Organização, se esses dados representassem um país, a nação estaria entre os três maiores poluidores, atrás somente da China e dos Estados Unidos.
Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),
pediu que todos os países e empresas comecem a usar o novo padrão para medir e relatar a perda e o desperdício de alimentos,
e em paralelo tomem medidas concretas para cumprir a terceira meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – reduzir para metade o desperdício alimentar até 2030.
“Pela primeira vez, através do auxílio do padrão, países e empresas serão capazes de
quantificar os alimentos que são perdidos e ou desperdiçados, onde esse desperdício ocorre,
bem como relatar o problema de maneira altamente consistente”, declara refere Andrew Steer, presidente e CEO da World Resources Institute, considerando-o: “um verdadeiro avanço”.
“Agora, temos uma nova ferramenta poderosa que ajudará governos e empresas a
economizar dinheiro, proteger os recursos e garantir que mais pessoas consigam o alimento que necessitam”, acrescentou.
No entanto, muitos ainda não sabem quanta comida é perdida ou desperdiçada
ou onde isso ocorre dentro de suas fronteiras, das suas operações ou cadeias de fornecimento.
Além disso, a definição de perda e desperdício de alimentos varia muito,
e sem uma contagem consistente e uma estrutura de informação,
é difícil a comparação dos dados e o desenvolvimento de estratégias eficazes.
Fonte: Protege o que é bom (PT)