Um novo estudo que envolveu mais de 290 milhões de pessoas confirma os benefícios da natureza para a saúde.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de East Anglia estudou dados de 20 países – incluindo o Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, França, Alemanha, Austrália e Japão – envolvendo mais de 290 milhões de pessoas para confirmar que “viver perto da natureza e passar um tempo ao ar livre traz significativos e diversos benefícios para a saúde.
O relatório (junho 2018), conclui que a exposição ao espaço verde – definido como “terreno aberto com vegetação natural, bem como espaços urbanos , que incluem parques urbanos e vegetação de rua”, reduzem o risco de muitas doenças.
“Reduz o risco de diabetes tipo II, doença cardiovascular, morte prematura e
também reduziram a pressão arterial diastólica, a frequência cardíaca e o estresse.
Na verdade, uma das coisas interessantes que descobrimos é que a exposição ao espaço reduz significativamente
os níveis de cortisol salivar das pessoas – um marcador fisiológico de estresse.
Observando que no Reino Unido, 11,7 milhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido ao estresse, depressão ou ansiedade , essas descobertas podem ter um grande impacto.
A aproximação com a natureza certamente nos faz sentir mais saudáveis,
mas até agora o impacto no nosso bem-estar a longo prazo não foi totalmente compreendido.”
Reunimos evidências de mais de 140 estudos envolvendo mais de 290 milhões de pessoas para ver se a natureza realmente proporciona um aumento na saúde.
Até as árvores da rua ajudam. Outra pesquisa descobriu que apenas observar a natureza aumenta a felicidade geral e o bem-estar. Enquanto isso, recebemos medicamentos para todos os tipos de problemas e doenças, quando a natureza está ao nosso redor, apenas esperando para dar uma assistência. Seríamos uma espécie muito sábia se começássemos a dar à natureza o que é devido, antes que seja tarde demais.” diz o principal autor Caoimhe Twohig-Bennett, da Norwich Medical School da UEA.
Os pesquisadores não sabem exatamente como a natureza causa esses benefícios. Há várias ideias.
Viver perto do espaço verde pode oferecer mais chances de atividade física e socialização, por exemplo.
Enquanto isso, a natureza pode fornecer exposição a bactérias saudáveis que inspiram benefícios para o sistema imunológico e reduzem a inflamação.
No Japão, os pesquisadores descobriram anteriormente que grande parte do benefício vem da respiração de fitonídios como
α-pinene e limoneno, que são compostos orgânicos voláteis antimicrobianos emitidos pelas árvores.
“Esperamos que esta pesquisa inspire as pessoas a saírem mais e sintam os benefícios para a saúde. Esperamos que nossos resultados encorajem formuladores de políticas e urbanistas a investir na criação, regeneração e manutenção de parques e áreas verdes, tornando a natureza mais acessível, particularmente em áreas residenciais urbanas. e comunidades carentes que poderiam se beneficiar mais”, Bennett.
O estudo “Os benefícios de saúde ao ar livre: uma revisão sistemática e meta-análise de exposição ao espaço verde
e resultados de saúde” foi publicado na revista Environmental Research.
E para terminar, beleza ….
Estudo prova que passar 4 dias na natureza, sem tecnologia, aumenta a criatividade em 50 %
Psicólogos de duas universidades norte-americanas concluíram que passar quatro dias imerso na natureza
e sem contato com equipamentos eletrônicos aumenta a capacidade criativa e de resolução de problemas em 50%.
“Isto mostra que a interação com a natureza tem benefícios reais e mensuráveis para a resolução criativa de problemas que ainda não tinham sido demonstrados”,
disse um dos autores do estudo, David Strayer, professor de psicologia na Universidade do Utah.
Para o investigador, estes resultados provam que “enterrar-se em frente a um computador 24 horas por dia, sete dias por semana, tem custos que podem ser remediados com um passeio na natureza”.
O estudo de Strayer e dos cientistas Ruth Ann Atchley e Paul Atchley da Universidade do Kansas foi publicado na revista científica PLOS ONE, da Public Library of Science, e resulta de uma experiência realizada
com 56 pessoas, 30 homens e 26 mulheres, com uma média de 28 anos.
Os participantes estiveram, durante quatro a seis dias, em passeios na natureza
nos estados do Alasca, Colorado, Maine e Washington,
nos quais não era permitida a utilização de aparelhos eletrônicos.
Dos 56, 24 fizeram um teste de criatividade com dez perguntas antes de iniciarem o passeio
e os outros 32 realizaram o mesmo teste na manhã do quarto dia de passeio.
Os resultados foram claros: as pessoas que já estavam há quatro dias na natureza
tiveram uma média de 6,08 perguntas certas, enquanto os outros tiveram apenas 4,14.
“Demonstramos que quatro dias de imersão na natureza, e o correspondente desligamento da tecnologia,
aumenta o desempenho em tarefas criativas e de resolução de problemas em 50%”,
concluíram os pesquisadores, sem esclarecer se o efeito se deve à natureza,
à ausência de tecnologia ou à combinação de ambos os fatores.
Os pesquisadores recordaram estudos anteriores segundo os quais as crianças passam hoje apenas 15 a 25 minutos por dia em atividades de exterior e desportivas, que as atividades recreativas na natureza têm estado em declínio há 30 anos e que,
em média, as crianças dos oito aos 18 anos passam mais de 7,5 horas por dia usando o computador, a televisão ou o celular.
Há séculos que os escritores falam da importância de interagir com a natureza ,
mas não sabíamos bem, cientificamente, quais os benefícios”, disse Strayer.
Li um comentário sobre essa matéria que, em parte, eu concordo: ” a criatividade necessita de combustível para ser exercida e esse combustível é o conhecimento apreendido e as experiências vividas, cultura geral se quiserem. ”
Mas seja lá como for, apenas meia hora sentado a beira do mar ou num parque, fazem uma diferença!!!!
Um estudo realizado na Inglaterra indica que londrinos que moram em ruas arborizadas, tomam menos antidepressivos.
Foto: Hector Melo – Estocolmo Suécia
Que a proximidade com a natureza faz bem, todos nós sabemos! Mas, entre os tantos benefícios oferecidos generosamente
pelas árvores, foi publicado essa semana no jornal Landscape and Urban Planning, um estudo realizado na Inglaterra,
indica que os bairros de Londres com uma maior densidade de árvores
por rua tendem a obter uma menor taxa de antidepressivos prescritos.
Esta descoberta complementa outras pesquisas anteriores que sugerem os benefícios que as ruas arborizadas
trazem para a saúde mental”, falam os investigadores.
Aproveitamos e fizemos uma seleção de algumas ruas arborizadas pelo mundo.
Só de olhar já faz um bem danado!
Foto: Jo Hitchin – Grafton Austrália
Jerez (Espanha)
Foto: Wilson Lu – Nafplio, Peloponnese, Greece Foto: Agnes Alsua – Positano – Italia
Para o estudo, reuniram dados em prescrições de antidepressivos em Londres durante 2009 e 2010,
e compararam as moradias das receitas com os locais onde existem árvores –
o objetivo foi perceber se existiam árvores nas ruas em questão, e não nos parques públicos próximos.
Foto Adas Meliauskas – Bonn/ Alemanha Foto: Paul Frederiksen – Washington DC/ EUA
O estudo levou também em conta outras variáveis associadas à saúde,
como o estatuto socioeconômico, desemprego, tabagismo e idade.
Assim, por cada árvore por quilometro de rua,
os pesquisadores encontraram menos prescrições de antidepressivos na população.
Uma ligação que já se desconfiava, mas que agora está comprovada cientificamente.
- Foto:Stephen Messenger – Porto Alegre/ Brasil
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